BEAUTY OF MATHEMATICS from PARACHUTES.TV on Vimeo. "Mathematics, rightly viewed, possesses not only truth, but supreme beauty — a beauty cold and austere, without the gorgeous trappings of painting or music." —Bertrand Russell
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A minha experiência pedagógica e o acompanhamento contínuo junto aos meus alunos que quase sempre ficam como amigos, compreendendo a razão da minha exigência em diferentes etapas da sua vida, permite-me desencadear alguma preocupação com aqueles que são vítimas de ideais familiares, não respeitando os louváveis traços de personalidade do adolescente que em casa tem: responsável, autónomo, educado, com prazer pelas diferentes áreas do saber, ...
As conquistas académicas do adolescentes (ou criança) são vitórias suas e não troféus a divulgar por toda a família, como se de um novo software se tratasse. É necessário transmitir segurança ao menor, não o tornar egocêntrico e prepará-lo para eventuais falhas/quedas nos momentos de avaliação. Recordo o meu teste de Português, no 8º ano, o segundo do 1º período... Cheio de febre, não conseguia ler mais do que o primeiro parágrafo. Ainda recordo "o puto dos olhos cor de latão", ficando a pensar se estes eram da cor dos meus ou de azul mais acentuado. Não conseguia percorrer o texto, lendo-o. Quanto mais compreendê-lo acompanhado da febre que não cessava... Olhei a professora mas o seu ar altivo e tão distante impediu-me de dizer que estava doente. Por outro lado, e porque nunca tinha passado por esta situação, tremia sem saber qual seria a reação do meu pai: bater-me-ia por eu nada dizer à professora ou por baixar a nota? Bater-me-ia por uma nota, estando eu no 8º ano? Contudo, em causa nunca esteve a comparação da minha nota com a de qualquer colega ou a leviana divulgação familiar/ na vizinhança/ entre amigos do meu desempenho. Em jogo estava o meu eu como ser individual integrado numa sociedade! Muitas são as vezes em que os alunos desabafam que por uma nota mais baixa (e entenda-se, em termos percentuais, superior a 85%, na maioria dos casos), os pais deixam de lhes falar, conduzindo-os a uma angustia não compreendida. Outros, na véspera das provas, são obrigados a frequentar sessões intensivas de "esclarecimentos de dúvidas", pagas à hora, sem importar o método pelo qual se produz um resultado excelente (não um excelente aluno, entenda-se!)... . No percurso do bom aluno, as quedas são importantes quando transformadas em momentos de reflexão ou metacognição. Afinal, aprendemos a caminhar sem cair, constantemente protegidos pelos nossos progenitores? Desta forma, é de todo importante que valorizem a criança/adolescente enquanto ser individual, com personalidade, potencialidades e dificuldades - alguém único mas que não está num podium (há sempre alguém melhor!). Há que evitar que nela se desencadeie precocemente a ansiedade (saliento que esta, ao contrário da depressão, não tem, até ao momento, cura!) e a intolerância. Promova as atividades em pares/ cooperativas e de solidariedade. Também a atividade física é de extrema importância bem como o acesso ao mundo real, daqueles que sofrem, da natureza, da saúde, da história, da arte, ... Para finalizar, promova a competição saudável ("Hum... Quero ver qual dos dois sabe mais de potências neste teste!"). São só vantagens! Prof Paulo Vasco Pereira - Lic. em Profs do EB - MAT/CN (ESEV) Pós-graduado em Ed. Especial pela UC - Pólo regional das Beiras No ensino básico deparamo-nos com alunos que odeiam a tabuada. Muitos, nem a sabem... Para desmistificar este "bicho papão", acompanhe a proposta do "Isto é matemática". Episódio 11 da 1ª temporada da série "Isto é matemática". Probabilidades? Artigo publicado na revista Ciência Hoje, cuja leitura merece a nossa reflexão.
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